Pelo complexo de Poliana nos vemos sempre tentando enxergar aquilo que a situação (acontecimento, pessoa, coisa, ideia...) tem de bom. E, dessa perspectiva, abrimos nossa mente e coração para ver como é possível produzir algo positivo naquele contexto. Por sua vez, pela perspectiva pessimista, somos levados a bloquear nossa visão e enxergar exclusivamente o que há de ruim e como algo destrutivo pode vir daquela situação (acontecimento, pessoa, coisa, ideia...).
O fato é que as coisas não são apenas boas ou ruins. Enxergar apenas as coisas boas ou apenas as coisas ruins pode parecer ingenuidade, simplicidade ou excessiva bondade/maldade. A diferença é que, se o olhar de bondade estiver certo, a possibilidade de se produzir coisa boa em mim e no meu mundo é maior. Se, porém, estiver errado, será necessário lidar com uma grande frustração ou uma simples correção de rota.
Por sua vez, se o olhar negativo estiver certo, a possibilidade de se produzir algo ruim aumenta contra mim e contra o meu mundo. Mas, se ele estiver errado (isto é, se for bom o que se achava ruim), não haverá uma frustração, mas um alívio e, a partir disso, cria-se uma chance de se produzir algo bom. Ocorre uma mudança de rota, para o bem. A grande questão, então, é saber olhar. É permitir-nos ver um outro lado. Isso pode mudar nossa mente, nosso espírito, nosso mundo.